Ainda é um mistério a morte da advogada Maria das Graças Barbosa dos Santos, de 50 anos, assassinada a tiros de pistola e fuzil em Ipiaú nesta segunda (24). A execução aconteceu pouco depois de ela retornar de Santa Catarina, onde foi preso um dos seus clientes, Marcos Antônio dos Santos Xavier, o “Juca”, liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC). No entanto, duas versões pairam sobre o crime. Além da suspeita sobre o Comando Vermelho (CV), a criminalista pode ter sido alvo de armação do próprio PCC.

“Cogita-se venda de informação para facção rival, queima de arquivo, porque ela sabia demais, ou até mesmo de ela ter revelado o paradeiro de Juca”, conta uma fonte da polícia sobre as inúmeras linhas de investigação da polícia. A primeira versão, que foi ventilada instantes depois ao crime, dá conta de que Gal Barbosa, como era conhecida a vítima, foi morta pelo CV, pelo fato de que a criminalista teria supostamente uma relação próxima com integrantes do PCC.

 A Polícia Civil localizou na manhã desta terça-feira (25) o veículo utilizado pelos criminosos na execução da advogada. O carro foi encontrado queimado às margens de uma estrada no povoado de Tesourinhas, zona rural de Ibirataia, município vizinho a Ipiaú. “Estamos ouvindo ainda familiares. Ainda temos muito coisa a ser feita”, declara o delegado titular da cidade, Isaías Pereira, que não tem autoria e motivação.

A advogada foi assassinada com diversos tiros na rua Francisco José de Souza, no bairro Senhora Aparecida. “Invadiram a casa dela. Como ela era também protetora de animais, os cães começaram a latir e ela correu seminua, mas foi alcançada ao lado do carro de um vizinho. No local, foram encontradas cápsulas de fuzil e pistola 380”, detalha um policial.

Em nota, a OAB Bahia e OAB Subseção Ipiaú informaram que “que não receberam nenhuma denúncia ou notícia acerca de supostas infrações ético-disciplinares na atuação profissional da advogada criminalista Maria das Graças Barbosa dos Santos, barbaramente assassinada nesta segunda-feira (24), em Ipiaú”.

Fonte: Correio da Bahia