Prefeito de Dário Meira rebate acusações de retenção de donativos às vítimas de enchente
Como não se bastasse as agruras ocasionadas pela enchente que alagou 90% da cidade, estabeleceu-se em Dário Meira uma intensa polêmica em relação à distribuição de donativos que o município vem recebendo para atender à população necessitada. Alguns moradores reclamam que a Prefeitura vem retendo doações para fazer manipulação política, enquanto a administração municipal assegura que isto não existe, e que tudo não passa da ação de oportunistas por mera politicagem.
A reportagem do GIRO ouviu ambas as partes, desde as denúncias formuladas pelos cidadãos Vinicius Camilo e Almir Cruz, até as explicações do prefeito Willian de Alemão. Segundo Camilo é absurdo o que vem acontecendo na cidade. Ele assegura que tem centenas de pessoas desabrigadas e outras tantas se arriscando em casas que estão condenadas pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros e que muitas dessas pessoas ainda não receberam nada da assistência social, sendo que algumas estão dormindo no chão por falta de colchão. “As ruas fedem, as pessoas estão doentes, crianças precisando de fraldas, e mesmo cadastradas na Prefeitura essas pessoas continuam totalmente desassistidas pelo Poder Público”, acrescenta o denunciante.
Em mensagem enviada ao GIRO no sábado (1º de janeiro), Almir Cruz disse: “Ontem à noite vi um caminhão carregado de colchões que foram entregues na sede da Prefeitura de Dário Meira. Hoje, eu vi outro caminhão de colchões parado na entrada da cidade, e a gente não sabe, que destino levou esses colchões, enquanto isso as pessoas continuam dormindo no chão frio. Daí questiono: “ Onde estão os colchões? Por que não estão distribuindo? Qual o real motivo de tanto descaso?
Ouvido pelo GIRO, o prefeito Willian de Alemão rebateu as críticas dizendo que “na verdade são oportunistas que querem aproveitar de uma tragédia dessas para fazer politicagem”. O gestor esclarece que o pessoal do Social já tem três dias que vem cadastrando os desabrigados e que já foram recebidos 350 colchões do Governo do Estado, enquanto o município comprou, com recursos próprios, outros mil colchões. Ele argumenta que não poderia distribuir esse material aleatoriamente, pois corria o risco de pessoas de áreas que não foram afetadas usufruir do benefício.
Willian de Alemão explicou que primeiro seria necessário limpar as ruas para que o pessoal do social chegue até as casas e cadastre os que estão precisando e em seguida fazer a distribuição. Os colchões chegaram na última sexta-feira, 31, e já nessa ocasião tinha uma força tarefa consorciada com prepostos de outros municípios e do Corpo de Bombeiros, fazendo a limpeza das vias públicas, o que ainda falta muito para ser concluída.
Finalizando seu esclarecimento o prefeito disse: “Não procede essa informação de retenção dos benefícios. Disseram que o município estava guardando alimentos, o que também não procede, pois compramos mais de R$100 mil de alimentos para dá ao povo, o que ainda é pouco. Continuamos recebendo doações. O Corpo de Bombeiro está mandando mais 500 cestas básicas. Já mandaram 1.000, e toda essa comida foi distribuída. Graças a Deus a cidade foi bem assistida nessa questão de doações, mas para poder distribuir tem que ter logística, senão uns pegam muito e outros ficam sem o que necessitam”. (Giro Ipiaú)
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