Policiais podem ter prevaricado em caso de ex-prefeito de Una “ele assumiu que me bateu na hora e não fizeram nada” diz vítima
De acordo com um agente policial do município, que preferiu não se identificar, no momento em que a vítima estava na delegacia; o suspeito adentrou a unidade policial “questionando em tom de voz excedente” a apresentação de um documento pericial, que apontava a vítima como suposta autora de um quebra-quebra em objetos e utensílios domésticos na residência do casal o que segundo a testemunha foi concedido ao acusado.
A mesma testemunha ainda afirmou a reportagem do blog Irajuba Realidade, que o acusado após sair da unidade policial ficou rondando a delegacia acompanhado de outros homens em um outro veículo observando a movimentação da vítima. O ex-prefeito; que já tem em seu currículo criminoso inquéritos como Racismo, Pedofilia, desacato a autoridade e outros… ainda chegou a sequestrar os documentos da vítima, que mesmo após feitura do boletim de ocorrência e descrito na lei Maria da penha em seu Art. 11 inciso IV que diz “no atendimento a mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre outras providências se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar” a polícia civil resolveu, não fazer a diligência para recuperação da documentação, impossibilitando a vítima em se locomover ou abrigar-se com segurança. A lei diz que só em reter o documento da vítima, pode configurar outros crimes, tais como exercício arbitrário das próprias razões e pode levar o mesmo a ser preso em flagrante.
Levando em conta todos os indícios, a nossa equipe de reportagem tentou contato com as polícias civil e militar do município, porém apenas o delegado respondeu ao requerimento feito através do seu aplicativo de Whatssapp pessoal e de forma espontânea, “De fato iniciei um procedimento onde vamos investigar a conduta que se provada; serão de fato licitadas as ilicitudes e condutas criminosas do acusado. porém me contenho um pouco; porque falar de maneira apressada em processo de investigação, pode gerar para mim não só irresponsabilidade, mas também perda de informação. Evitando fazer ponderações e depois abrir brechas para advogados questionarem a nossa imparcialidade no procedimento. Porém de qualquer forma, efetivamente houve um início de um procedimento onde o ex prefeito está sendo investigado por prática de agressões físicas, lesão corporal, em âmbito familiar, no caso contra sua ex companheira; que foi submetida a exame de corpo de delito expedida por mim, mas ao longo do processo podemos ir interagindo e lhe passaremos informações no tempo correto das investigações” disse o delegado Dr. João Mendes.
O caso aconteceu no sábado 04 de Dezembro, e de acordo com todas as informações e indícios apontados nos autos, o Ex-Prefeito Dejair deveria ter sido conduzido em flagrante pela polícia militar para confecção da prisão; o que não foi feito, bem como deveria ter sido visitado pela polícia civil no ato do registro do boletim de ocorrência; onde teria que devolver os documentos da vítima, o que também não foi feito. “Já intimei o investigado para sua oitiva e consequentemente entrega formal dos documentos da vítima. não deixaremos nem a vítima nem a sociedade sem resposta ou providências. As medidas protetoras já foram protocolizadas frente ao poder judiciário , poder legítimo para ordenar tais comandos, estamos aguardando para seguirmos dentro dos preceitos legais” afirmou o delegado, que referente ao autoritarismo do acusado defronte aos agentes da delegacia de Una informou que, quando estava presente, já após o ocorrido o acusado não se fez presente.
Um agente da polícia militar ao ser questionado, apesar que não estava no plantão no dia da ocorrência disse, “O cara entrou na delegacia e gritou até os agentes, porque não prenderam?, o acusado está em posse dos documentos dela e está aí livre, porque o delegado não efetuou o procedimento legal que dar o direito da polícia atuar imediatamente após feito o boletim de ocorrência. O delegado manda prender e nós estamos aqui para cumprir, mas cadê? porque ele nem sequer foi recuperar o documento de forma legal?” o caso deve ser apresentado a corregedoria da polícia civil e também militar para se averiguar tais informações. O blog Irajuba realidade segue aberto ao direito de resposta para ambas as partesatravés do contato (73)9.8172-7831.
Fonte:Blog Irajuba Realidade