A Justiça autorizou a divulgação de fotos e nomes dos foragidos. A ação da Polícia Civil já prendeu 18 suspeitos e busca localizar outros integrantes do grupo criminoso na Operação Castelo de Cartas_

A Polícia Civil da Bahia segue em busca de 25 foragidos da Operação Castelo de Cartas, deflagrada em setembro em Jequié e municípios da região sudoeste. A ação já resultou na prisão de 18 pessoas e na desarticulação de parte de um grupo criminoso envolvido em homicídios, tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e lavagem de dinheiro.

Na manhã desta sexta-feira (3), a Vara do Júri e Execuções Penais da Comarca de Jequié autorizou, a pedido da Polícia Civil, a divulgação das fotos e nomes dos foragidos, com base no artigo 20 do Código Civil. A decisão judicial destacou que a medida é “um instrumento legítimo e proporcional para viabilizar a localização e prisão de indivíduos de alta periculosidade, que integram uma organização criminosa estruturada e armada, responsável por uma série de homicídios e outros crimes graves”, ressaltando ainda que a publicidade atende ao princípio da proteção social e ao direito da sociedade ao acesso à informação.

Os foragidos são

Danilo Silva Santos (Danilo Espinha)

Emerson Santos Marques (Negão do Açougue),

Joelson Rodrigues Santos (Careca),

Guilherme Santos Torres (Pesadelo)

Gleison de Oliveira Santos (GG)

Júlio César Soares Santana (Júlio Cachorrão)

Yan Barros de Pinho (Yan da Cachoeirinha)

Hugo Oliveira dos Santos

Hebert Lima Valverde (Dindo)

Marcos Silva de Oliveira (Poze ou Bê)

João da Cruz dos Santos Neto (Joãozinho)

Mikel Silva Veiga (Mikell Rifas)

Bruno dos Santos Bastos (Bobô)

Jamerson das Virgens Nascimentos (Jaminho)

Samuel Neri Santos (Aladdin)

Ricardo de Jesus Menezes

Brenda Santa Cruz dos Santos

Kennedy da Silva Britto

Daniel Matos da Silva (Daniel Capenga)

Adilson dos Santos

Ana Carolina de Jesus Queiroz

Clara Miranda Santos

Adriele Pereira da Silva

Fagner Barros de Pádua.

Deflagrada em setembro, a Operação Castelo de Cartas cumpriu 30 mandados de busca e apreensão e resultou na apreensão de drogas, balanças de precisão, celulares, veículos e dinheiro em espécie, além do bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens avaliados em mais de R$ 2 milhões. As investigações, iniciadas em janeiro de 2025 pelo Núcleo de Homicídios da 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Jequié), apontam que a organização criminosa foi responsável por pelo menos 19 homicídios consumados neste ano, todos ligados à disputa pelo controle do tráfico de drogas na região.

A Polícia Civil reforça que denúncias anônimas sobre a localização dos foragidos podem ser feitas presencialmente em qualquer unidade policial, pelo Disque Denúncia da Secretaria da Segurança Pública (181) ou pelo telefone 190.