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A crise da Escola Técnica de Enfermagem de Jequié (ETEJ), que culminou no descredenciamento compulsório por graves irregularidades, expõe uma falha preocupante na atuação do Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE-BA) e do Núcleo Territorial de Educação de Jequié (NTE-22).

Centenas de vítimas estudantes veem seu futuro profissional comprometido pela falta de documentação e paralisação dos cursos.

A postura das instituições tem sido marcada pela emissão de “Notas de Esclarecimento” vagas, que, na prática, soam como um esquivamento da responsabilidade e um descaso com a urgência do problema.

O que torna a situação ainda mais delicada e politicamente sensível é o fato de o caos educacional listado que afeta diretamente o direito à conclusão de estudos e a carreira dos alunos ocorrer justamente em Jequié, cidade natal do Coordenador Estadual de Educação, Roberto Godim.

A comunidade acadêmica e as famílias esperam que a liderança local utilize sua influência e conhecimento da região para garantir uma solução célere e efetiva, em vez de se contentar com notas burocráticas que não definem prazos ou responsáveis pela resolução do problema.

O CEE-BA e o NTE-22 informaram apenas o acompanhamento e a decisão pelo descredenciamento da ETEJ.

No entanto, o núcleo do problema a regularização da vida escolar dos alunos permanece sem um cronograma claro.

O caso tem sido acompanhado com exclusividade pelo Jornalista Mateus Oliver que chegou a tentar uma resposta do CEEBA nesta segunda-feira (20) mas a instituição parece não ter se importado com os questionamentos e não deu retorno.

Diante da urgência, a falta de definição de prazos máximos para o recolhimento do acervo acadêmico junto à mantenedora da ETEJ, e a ausência de um plano de contingência para o caso de descumprimento, sugerem que a gravidade da situação está sendo subestimada pelas autoridades.

As vítimas estudantes de Jequié necessitam, urgentemente, de uma Definição de Data para que o acervo seja recolhido e a análise documental comece.

Precisam também de um Cronograma Individualizado para que a vida escolar de cada aluno seja analisada e regularizada.

Por fim, exigem a Garantia de Vaga em uma instituição de ensino técnico que receberá estes estudantes para assegurar a continuidade dos estudos.

A sensação é de que o CEE-BA, ao apenas “acompanhar” o descredenciamento, está se refutando da responsabilidade primária de proteger os estudantes.

É fundamental que a coordenação do NTE-22 e o CEE-BA demonstrem compromisso e transparência, apresentando um plano de ação robusto, público e com datas definidas, para reverter os prejuízos causados pela irresponsabilidade da escola descredenciada.

Fonte: Jornalista Mateus Oliver