Um grave episódio de violência de gênero repercutiu no centro de Canaã, no sudoeste da Bahia, e está sendo investigado sob o amparo da Lei Maria da Penha (Lei Federal n.º 11.340/06).

Uma mulher, cuja identidade está sendo preservada, foi vítima de uma agressão brutal e ameaças por parte de Victor Félix Barreto e sua irmã Karen no último final de semana.

A agressão, ocorrida em frente à antiga delegacia, foi motivada pela inconformidade de Victor com o relacionamento que a vítima manteve com o pai dele, um comerciante identificado como Valdinei.

Em relato exclusivo ao jornalista Mateus Oliver, a vítima detalhou que manteve um relacionamento extraconjugal com o pai do agressor por quatro anos.

Ela afirma que o homem vinha garantindo, durante os 04 anos, que havia se separado mas que apenas mantinha o ciclo de morar na mesma casa da então ex-companheira, o que a levou a manter o vínculo.

A agressão, segundo a vítima, foi um ato de “vingança” de Victor pela suposta traição do pai com a mãe dele.

O ataque começou de forma intimidatória, com a vítima sendo surpreendida por um carro branco, tipo Strada, conduzido por Victor, que teria jogado o veículo em sua direção.

Ao tentar fugir, Victor alcançou a vítima, puxou seu cabelo, derrubou-a e desferiu vários socos no rosto. A vítima apresenta um hematoma no olho esquerdo.

O episódio quase escalou para um crime ainda mais grave, quando Victor pediu à irmã, Karen, que estava no carona, que pegasse uma faca no carro.

A intervenção de Karen, que afastou o irmão, e a chegada de dois homens que tiraram Victor de cima da vítima, foram cruciais para que ela conseguisse escapar e se abrigar em uma casa próxima.

As intimidações, no entanto, continuaram, e Victor se dirigiu à casa dos avós da vítima, Natalício e Tereza, ambos com 70 anos de idade, onde proferiu insultos e ameaças contra eles e contra a mãe da vítima, Ivana Santos.

Victor exigiu que Ivana saísse da residência, alegando que havia “algo” para ela dentro do carro, o que configura grave ameaça à integridade física.

O caso foi registrado na Delegacia Territorial de Canaã e está sob investigação como lesão corporal e ameaça.

A motivação do agressor enquadra o crime na Lei Maria da Penha, o que garante à vítima prioridade na solicitação e concessão de Medidas Protetivas de Urgência, como afastamento dos agressores.

A vítima foi orientada a realizar o Exame de Corpo de Delito no Instituto Médico Legal (IML) para comprovar as lesões.
Fonte: Jornalista Mateus Oliver