Morre aos 83 anos, a atriz Aracy Balabanian
Morreu, aos 83 anos, na manhã desta segunda-feira (7), a atriz
Aracy Balabanian. A artista, que havia sido diagnosticada com câncer de pulmão no fim do ano passado, estava internada na Clínica São Vicente, na Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A notícia foi confirmada por familiares e amigos.Natural de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Aracy Balabanian estreou na televisão em 1965 ao protagonizar “Antígona”, de Sófocles, numa versão teleteatral pioneira da TV Tupi. Antes disso, a então jovem artista — formada pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (USP) — se destacou pela atuação nos palcos em espetáculos do grupo Teatro Brasileiro de Comédia, o TBC. De lá pra cá, ela sempre se dividiu entre os tablados e os estúdios televisivos.
Entre os folhetins em que atuou, destacam-se títulos como “Corrida de ouro” (1974), “Bravo!” (1975), “O Casarão” (1976), “Coração alado” (1980), “Locomotivas” (1986), “Rainha da sucata” (1990) — que lhe rendeu sua personagem mais famosa, a mãe super protetora Dona Armênia — e “A próxima vítima” (1995), além do programa infantil “Vila Sésamo” (1972), todos exibidos pela TV Globo.
Mais recentemente, a atriz chamou atenção ao interpretar a divertida socialite Cassandra, em “Sai de baixo”, seriado de humor criado por Luis Gustavo e Daniel Filho, e que ficou no ar, na TV Globo, entre 1996 e 2002. A atração fez sucesso entre diversas gerações e cristalizou seu nome entre um público amplo, devido às constantes reexibições do programa. “Eu me vi fazendo uma coisa que é o sonho de todo ator: teatro e televisão, ao mesmo tempo. Só que era um espetáculo ensaiado numa tarde”, relembrou ela, ao falar sobre o trabalho no sitcom — gravado ao vivo num teatro — em que contracenava com nomes como Miguel Falabella, Marisa Orth e Luis Gustavo.
A proposta da atração era mesmo incorporar todos os imprevistos e improvisos que poderiam ocorrer em cena, algo que Aracy lidava com certa dificuldade, como a própria admitia. “Marisa Orth e eu fomos as primeiras a chegar para o Daniel Filho e dizer: ‘Não vai dar, tira a gente’. Mas eu acho que nós fomos ficando sem-vergonhas e descobrimos que o público gostava mesmo era de nos ver errar. Quando passou esse susto de ‘não podemos errar’, a gente se divertiu muito”, relembrou, em entrevista recente.
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