A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou a operação Aracne para cumprir o mandado de prisão de um empresário de 34 anos, acusado de praticar crimes sexuais contra cerca de 40 mulheres. O homem foi localizado e preso, na última quarta-feira, 24, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Na ação, os policiais civis ainda apreenderam dispositivos eletrônicos e o aparelho celular do homem.


 A prisão foi resultado de uma investigação desenvolvida pela Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual (DECVS) em Belo Horizonte (MG), que aponta que o homem estuprou uma mulher e obrigava a vítima, de 38 anos, a se prostituir e a filmar as relações sexuais com os clientes. Pelo que foi apurado, os vídeos eram vendidos em plataformas de pornografia.

 Apontado como empresário de uma rede de cosméticos de Camaçari, ele é suspeito de praticar, por cerca de quatro anos, vários crimes. O homem já foi investigado e indiciado em 2016 por aliciar e fazer cerca de 40 mulheres escravas sexuais na Bahia. Ele foi levado para o sistema prisional e está à disposição do Poder Judiciário baiano.

 De acordo com a delegada Larissa Mascotte, que preside o inquérito policial instaurado em janeiro deste ano, quando uma vítima procurou a delegacia na capital mineira, os crimes estariam sendo praticados desde 2020.

 Segundo a delegada, a mulher ainda foi levada, de forma coercitiva, a ser uma profissional do sexo sem receber nada em troca.

 A equipe da PCMG ficou na Bahia por quatro dias até localizar e cumprir o mandado de prisão do investigado.

 Entre os crimes que o suspeito poderá responder, estão: indução ao suicídio, perigo para a vida ou saúde de outrem, extorsão, estupro, perseguição (ou stalking), violência psicológica, invasão de dispositivo informático alheio, registro não autorizado da intimidade sexual, divulgação de cena de sexo ou de pornografia, mediação para servir a lascívia de outrem com emprego de grave ameaça, rufianismo e favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual.
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