O risco de correr uma apagão no país levou o governo brasileiro a voltar a discutir a possibilidade de implantar o horário de verão em 2025. As discussões acontecem após o cancelamento do leilão de reserva de capacidade previsto para acontecer em junho.

Com a suspensão do certame, a gestão teme que haja risco de déficit no atendimento dos picos de demanda por eletricidade no segundo semestre do ano, segundo informações do portal UOL.

O assunto começou a ser discutido ainda no ano passado após a recomendação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão que coordena e controla a operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica, recomendar o retorno do horário de verão.

O assunto veio à tona em outubro do ano passado. Contudo, após reunião entre a ONS e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o assunto foi descartado.

“Nós hoje, na última reunião com o ONS [Operador Nacional do Setor Elétrico], chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este período, para este verão”, declarou Silveira.

“Nós temos a segurança energética assegurada, há o início de um processo de restabelecimento ainda muito modesto da nossa condição hídrica. Temos condições de chegar depois do verão em condição de avaliar, sim, a volta dessa política em 2025”, prosseguiu.

Apesar da recomendação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em setembro, a pasta avalia que houve melhora no cenário das chuvas e dos reservatórios de hidrelétricas.

Caso a medida fosse adotada, haveria pouco tempo para que setores importantes da economia se adequassem às suas operações. O horário de verão costumava ser implementado entre outubro/novembro e fevereiro/março de cada ano.

Salvador não adota o horário de verão desde 2011, após um intervalo de oito anos sem a medida.

Extinto em 2019, o horário de verão visa reduzir o consumo de energia elétrica entre o fim da tarde e o início da noite, aproveitando melhor a luz natural ao adiantar os relógios em uma hora.

O governo esclarece que a medida costuma ter pouco impacto nas regiões Norte e Nordeste, sendo mais aplicável nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, o que diminui as chances de que Salvador seja afetada.