Quitar uma dívida, reformar um imóvel, realizar uma viagem, resolver uma emergência. Muitos são os motivos que levam pessoas a solicitarem empréstimos no banco. Apesar de quebrar o galho na vida financeira de muita gente, se não for encarado com o devido cuidado, o empréstimo bancário pode virar uma bola de neve e provocar o superendividamento.


 No primeiro semestre de 2023, pessoas entre 25 e 45 anos, com renda de até R$ 3 mil, foram responsáveis por 65% das solicitações de empréstimos pessoais, de acordo com levantamento realizado pela fintech de crédito pessoal Simplic, em parceria com a klavi, plataforma SaaS especializada em soluções de Open Finance.

 Para a educadora financeira Liz Midlej, os números adquiridos a partir do levantamento são um indicativo de que a vida financeira dos jovens brasileiros não caminha bem. Os motivos, segundo Midlej, vão além da falta de educação financeira.

 Ainda de acordo com o levantamento, o pagamento de empréstimo está entre os gastos mais comuns (30%), seguido pelo cartão de crédito (29%), táxi ou aplicativos de transporte (21%), pets (10%), viagem (9%), e educação (7%).

 A professora Janaína Souza precisou solicitar um empréstimo ao banco para completar o valor do seu carro. Apesar de ter conseguido driblar o endividamento, é uma experiência que, segundo ela, espera não precisar repetir.

 A queixa de Janaína é comum entre pessoas que já solicitaram empréstimos bancários. De acordo com o planejador financeiro Raphael Carneiro, é crucial que o correntista entenda o impacto que as parcelas farão em seu orçamento.

 Solicitar um empréstimo já é um sinal de que as finanças não vão bem. A fim de evitar chegar a esse ponto, o mais imprescindível, ressalta Liz, é buscar a educação financeira.

 Se a necessidade de pedir um empréstimo bater na porta, por outro lado, é importante ter certeza de que as parcelas serão honradas. Além disso, reforça Raphael, é preciso ter cuidado para que a solicitação de empréstimos não se torne um hábito.
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