17 suspeitos de crimes foram mortos durante confronto com a polícia militar em Março na Bahia
Nos últimos dias, uma série de confrontos entre suspeitos e policiais militares resultou na morte de pelo menos 17 pessoas na Bahia. As ocorrências foram registradas em diferentes localidades do estado e evidenciam a escalada da violência e da repressão policial contra facções criminosas.
No sábado (15), quatro homens foram mortos após um tiroteio com policiais militares na cidade de Jequié, sudoeste do estado. Segundo informações da Polícia Civil, os agentes receberam denúncias sobre a presença de suspeitos armados no Residencial Mandacaru I. Durante a abordagem, houve troca de tiros, e os suspeitos foram baleados.
Eles chegaram a ser socorridos para o Hospital Geral Prado Valadares, mas não resistiram aos ferimentos. Armas e drogas foram apreendidas e encaminhadas à unidade policial.
Na tarde de domingo (16), outro confronto deixou quatro mortos no bairro Fazenda Grande do Retiro, em Salvador. A ação ocorreu na Rua Pacheco de Oliveira, na localidade conhecida como “Fonte do Capim”.
De acordo com a Polícia Militar, equipes das Rondas Especiais da Baía de Todos-os-Santos (Rondesp BTS) realizavam patrulhamento na área quando foram atacadas por um grupo de suspeitos. Houve perseguição por becos, vielas e telhados da região, culminando em mais um confronto armado.
Os quatro suspeitos atingidos foram encaminhados ao Hospital Ernesto Simões, mas não resistiram. O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Os confrontos acontecem poucos dias após a morte de 12 suspeitos de integrar uma facção criminosa em uma operação da Polícia Militar no bairro de Fazenda Coutos, no subúrbio da capital baiana. A ação ocorreu no dia 4 de março e resultou na maior letalidade policial registrada neste mês no estado. Nenhum policial foi ferido durante a operação.
Os recentes confrontos reacendem o debate sobre segurança pública na Bahia, que tem registrado altos índices de letalidade policial. Especialistas e organizações de direitos humanos cobram transparência nas operações e questionam o elevado número de mortes em ações policiais.
Até o momento, as autoridades estaduais não comentaram os casos em detalhes, mas reforçam que as operações fazem parte de um esforço contínuo para conter a violência e o crime organizado no estado.