Bolsa sobe 2,03% e praticamente zera perdas da semana
Num dia de alívio no Brasil e no exterior, a bolsa de valores subiu mais de 2% e quase zerou as perdas na semana. O dólar chegou a cair para R$ 5,48, mas a queda perdeu força, com a moeda fechando praticamente estável.


Apenas nesta semana, o dólar subiu 2,74%, a maior valorização desde a semana terminada em 9 de julho. Em 2021, a divisa acumula alta de 6,3%. No exterior, a divulgação de que a economia norte-americana criou 194 mil empregos fora do setor agrícola em setembro reduziu as pressões sobre o dólar e a bolsa. O número ficou abaixo da expectativa dos analistas, que esperavam a abertura de cerca de 500 mil pontos de trabalho. O desempenho pior que o previsto reduz a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) antecipe a retirada dos estímulos monetários concedidos durante a pandemia da covid-19. Juros baixos por mais tempo reduzem a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil. No plano interno, a divulgação de que a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alcançou 1,16% em setembro, chegando a 10,25% em 12 meses, trouxe alívio ao mercado. Apesar de ser o mais alto para o mês desde o início do Plano Real, o índice veio abaixo da expectativa. Alguns grupos de preços, como alimentos e serviços pessoais, registraram aumentos menores de preços, o que reduziu as expectativas de que o Banco Central brasileiro intensifique o aumento da taxa Selic nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). Na bolsa de valores, o anúncio do aumento do preço da gasolina e do gás de cozinha pela Petrobras impulsionou as ações da estatal, os papéis mais negociados no Ibovespa. As ações ordinárias (com direito a voto em assembleia de acionistas) subiram 2,02%. As ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) valorizaram-se 1,82%.
* Com informações da Reuters
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