Juíz cancela Júri de indígena acusado de homicídio em Una, após promotoras detectarem que um dos jurados seria tio de um dos advogados do réu
Após a instrução da sessão de julgamento com inquirição das testemunhas e interrogatório do pronunciado, o Juiz Eduardo Gil Guerreiro decidiu por acolher a impugnação do Ministério Público, representados pelas promotoras Alice Koerich Inácio e Letícia Coutinho Monte Alto. Segundo as Promotorias de Justiça, o Sr. Carlos Tuyuty Filho é tio do advogado de defesa do pronunciado Bruno Cesar Tuyuty da Costa Leite. Ambos confirmaram as argumentações do MP.
O magistrado decidiu por dissolver o Conselho de Sentença atendendo o que preceitua o art. 481, do Código de Processo Penal. O novo júri será no dia 22 de Outubro de 2024. Segundo o Juiz Presidente, todo o conselho de Sentença estará dispensado do próximo júri e será convocado novos componentes.
Pela primeira vez na história o Tribunal do Júri de Una vai julgar um indígena, tendo em vista que estes têm o privilégio de serem julgados pela Justiça Federal nos crimes que o vinculem a condição de indígena.
O réu Pedro Pascoal de Souza é apontado pela denúncia do Ministério Público como executor de uma pessoa conhecida por Gajão no distrito de Vila Brasil, no ano de 2021. Durante seu julgamento, o Cacique Pascoal alega que já foi condenado por homicídio na Justiça Federal e responde a outros crimes.
A defesa do acusado é provida pelos causídicos Joseval Rodrigues de Mesquita Filho, Bruno Cesar Tuyuty da Costa Leite e a advogada Leorena Luiza Nascimento Valiense.
Por: Jornalista- Renê Sampaio Medeiros/DRT 6319