A Câmara dos Deputados celebra nesta terça-feira (29) o Dia Nacional de Prevenção ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), instituído em junho passado a partir da aprovação da Lei 14.885/24, com base em projeto de autoria do deputado federal Jorge Solla (PT-BA).

Para marcar a data, a ser celebrada anualmente em 29 de outubro, será realizada uma cerimônia no Salão Nobre da Câmara, das 18h às 19h. Em seguida, o Congresso Nacional será iluminado com projeções que alertam sobre a necessidade de prevenir a doença.

“A data busca estimular, com amparo na legislação, a pesquisa para prevenção, tratamento da doença, promover ações educativas e debates, principalmente sobre a identificação de fatores de risco, diagnósticos precoces e reabilitação de pacientes”, explica Solla.

O parlamentar salienta que o AVC age como uma doença silenciosa que precisa ser prevenida no âmbito da atenção primária em saúde. “Nesse sentido, os municípios são fundamentais, pois são quem ofertam o atendimento na ponta com os agentes e as unidades básicas”, frisa.

Somente em 2023, mais de 110 mil pessoas foram vítimas dessa doença silenciosa no Brasil, uma média de 12 por dia, segundo o Ministério da Saúde. A enfermidade acomete mais os homens e é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações no mundo.

Entenda
O AVC ocorre quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, o que provoca a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. “Era uma doença associada a idosos, mas a incidência em jovens abaixo dos 45 anos preocupa”, diz Solla.

Há dois tipos de AVC, o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro é o mais comum e representa 85% de todos os casos, quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo.

Já o AVC hemorrágico ocorre após o rompimento de um vaso cerebral, o que leva a um sangramento. Esta hemorragia pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. É responsável por 15% de todos os casos de AVC, mas pode causar a morte com mais frequência do que o AVC isquêmico.

Quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento do AVC, maiores serão as chances de recuperação completa. Entre os principais fatores de risco estão doenças como hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, sobrepeso, obesidade e tabagismo.