Em 2023, micro, pequenas e médias empresas lideraram o número de pedidos de recuperação judicial no Brasil. Um crescimento de 71% em comparação com 2022, que foi identificado por um levantamento do Serasa Experian, divulgado em fevereiro de 2024.


De acordo com especialistas, taxas de juros elevadas e a alta inflação são algumas das causas para a inadimplência entre empresas. Microempresas (MPEs) são as mais afetadas. Só em janeiro de 2024, foram 298 mil MPEs inadimplentes no estado baiano. Apesar de representarem 9 em cada 10 empresas na Bahia, segundo Cadastro Central de Empresas (Cempre) 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elas ainda são as que mais fecham as portas.
Especialistas também apontam que trâmites processuais e antecipação de pagamento tiveram aumento de custos, o que dificultou que empresas, principalmente de pequeno e médio porte evitassem a falência. Para o especialista Eduardo Boniolo, outros pontos também afetam a sobrevivência dessas empresas.

“As mudanças de mercado, de comportamento do consumidor, da taxa de juros, dos custos principalmente, acabam afetando esse resultado e os empresários demoram a perceber isso. Então a grande causa da crise dessas empresas é a perda da viabilidade econômica quando o empresário percebe que ele já está produzindo muitas vezes com prejuízo e isso demora às vezes para chegar no caixa, por onde se administra a empresa”, explica ele.
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