Já que o assunto é racismo. Vamos lá! Ha vinte anos atrás acompanhei o velório de um grande amigo em Una e na saída do cemitério todos consternados com a partida eterna de um grande cidadão unense, ouço gritos e continuo a caminhar! Há época era período de eleição e nesse momento em uma ladeira que dá acesso ao local, alguém em meio a outras pessoas gritava olha ai o candidatinho! Ei candidatinho! Candidatinho! Imaginei que fosse a pouca força política que tinha pra almejar tal cargo de Prefeito da cidade, cabisbaixo continuei a caminhar.


 Ledo engano! racismo estrutural na esfera do poder, onde hoje até os cargos com menor visibilidade se é que existe, estão espalhados na mão dos políticos da hora, como dizia minha prima que morava em São Paulo.

 Hoje vejo claramente como dói, ao acompanhar o noticiário sobre o racismo pelo o mundo a fora, como foi o caso sofrido pelo jogador Vinicius Junior na Espanha. Como diz Lula um provável melhor jogador do mundo. Com tudo isso, não se ver um passo dos Governantes pra mudar esta situação, com exceção do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tenta implementar algumas políticas públicas pra atenuar tal situação, como o Ministério da Igualdade Racial, que já é uma realidade.

 Já num outro campo que alimenta o fascismo, mantém parado no Brasil o Acordo de Escazú que dá transparência a democracia ambiental e combate à corrupção que já foi ratificado por 12 países, e o Brasil continua nessa obscuridade mantendo o modus operandi que sustenta muitos da classe política que ostenta o status quo, com o nepotismo, clientelismo e os lixões ora pago com recursos advindos dos impostos recolhidos pelo Estado.

 Neste momento o Judiciário dá sinais de independência, como reza a constituição: Os Poderes são independentes e harmônicos ao mesmo tempo para atuar! Portanto, coloco-me para o debate político na cidade observando este conceito constitucional. Assim, aguardo o momento ideal para propor uma pré-candidatura, acreditando na justiça para o combate as essas agruras do passado e tão presente com mais força nestes últimos cinco anos de negação a democracia.

 Os municípios não podem continuarem com essas estruturas de manutenção do racismo estrutural e ambiental que alimenta estas atitudes degradantes gerando conflitos por conta da cor e da raça.
HELVÉCIO SERRA RUFINO
Ativista social, político e sindicalista
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