Porém, segundo os pesquisadores, os cigarros eletrônicos vêm ameaçando esse avanço. Vendidos com sabores frutados e embalagens coloridas, eles são muitas vezes vistos por adolescentes como uma alternativa “mais segura” — percepção que os especialistas dizem ser enganosa. (G1)
:: ‘Saúde’
Família Denuncia Descaso da Saúde de Ipiaú: Transporte de Criança com Necessidades Especiais para Tratamento é Negado
A família de Maria Cecília Matos Bomfim, uma criança com necessidades especiais que realiza tratamento contínuo em Gandu, denunciou nesta segunda-feira (13) falhas recorrentes e descaso no serviço de transporte fornecido pela Secretaria de Saúde de Ipiaú.
Sem o veículo adequado, a criança corre o risco de perder seu tratamento, fundamental para seu desenvolvimento.
Segundo a avó de Maria Cecília, o carro da Secretaria de Saúde não compareceu para levar a criança ao tratamento, e a família não obteve qualquer resposta após tentar contato com os responsáveis pelo serviço.
“A mãe ficou esperando e até agora nada do carro aparecer. Tentei contato com a Secretaria, mas não responderam. A menina precisa fazer o tratamento direitinho, não pode perder nenhum dia”, relatou a avó.
A situação não é inédita. A família afirma que em momentos anteriores a criança já foi enviada em ônibus comum, sem a segurança e o suporte necessários, e em outras ocasiões o transporte correto atrasou significativamente.
Os familiares expressam grande preocupação com os prejuízos que as falhas no serviço podem causar ao acompanhamento médico de Maria Cecília, que reside no bairro Democracia.
Especialistas em saúde pública alertam que falhas no transporte de pacientes para tratamento especializado configuram descaso institucional e podem gerar graves consequências, especialmente para crianças com necessidades especiais.
Fonte: Jornalista Mateus Oliver
Familiares pedem transferência urgente de idosa internada no HGI com quadro grave de necrose
Uma idosa de 67 anos, identificada como Zilda Miranda Mendes, está internada desde o dia 30 de junho no Hospital Geral de Ipiaú (HGI) e aguarda, com urgência, uma regulação para uma unidade de saúde especializada, onde possa ser submetida a uma cirurgia em uma das pernas. Zilda é moradora do bairro Santa Rita e apresenta um grave quadro vascular agravado por complicações da diabetes e hipertensão.
Segundo relato emocionado da filha, Marli Miranda de Souza, ao GIRO, o estado de saúde da mãe tem piorado a cada dia. “Ela é diabética e hipertensa. A metade da perna dela, incluindo o pé, já está com necrose. O cheiro é insuportável. Minha mãe está em uma enfermaria, morrendo aos poucos. Pelo amor de Deus, alguém nos ajude. Ela chegou aqui andando e hoje está apodrecendo, sem nenhum tipo de ação efetiva. A situação é desesperadora”, disse Marli.
A família apela por uma intervenção imediata das autoridades de saúde, pois, segundo eles, a paciente necessita de atendimento em um hospital com estrutura adequada para realizar a cirurgia e conter o avanço da infecção.
Até o momento, não há informações sobre previsão de transferência. O caso chama atenção para a demora nos processos de regulação e a falta de vagas em hospitais de média e alta complexidade, problema recorrente enfrentado por pacientes do interior da Bahia. (Giro Ipiaú)
Após quatro meses, Bahia tem menos de 40% do público-alvo vacinado contra a gripe
Pouco mais de quatro meses após o início da campanha de vacinação contra a gripe no país, apenas 38% do público foi imunizado na Bahia até o último domingo (20). Os números seguem a mesma tendência nas outras esferas: em Salvador, foram 36,92% de vacinados nos grupos prioritários. Os percentuais não estão muito distantes da média nacional – 44,92% -, mas são ainda menores, de acordo com a Rede Nacional de Dados em Saúde.
Originalmente, o público-alvo da campanha de vacinação é formado por idosos, gestantes e crianças, mas, na segunda quinzena de maio, o Ministério da Saúde ampliou a campanha para toda a população. Ainda assim, tanto a baixa adesão nos grupos prioritários quanto pelo público geral tem deixado órgãos de saúde em alerta.
A Bahia recebeu pouco mais de cinco milhões de doses da vacina e todas já foram enviadas aos 417 municípios do estado, que ficam responsáveis pelas respectivas campanhas locais. No entanto, mesmo com a ampliação para todas as pessoas com mais de seis meses de idade, apenas 2,6 milhões de doses foram aplicadas. (Correio 24h)
Trabalhadores do Hospital São José em Ilhéus iniciam paralização após três meses de salários atrasados
Empregados do Hospital São José, em Ilhéus, deram início a uma paralisação de 12h nesta segunda-feira (14). O objetivo da medida é pressionar a Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus, responsável pelo Hospital, a pagar os três salários atrasados dos funcionários, afirma o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sintesi e Sindtae).
A paralisação começou às 7h e seguirá até as 19h. “Os trabalhadores estão passando por sérias dificuldades financeiras, sem vale-transporte e sem pagar seus compromissos básicos”, afirmou o Sindicato em nota.
Ainda conforme a representação dos trabalhadores, nos últimos anos, o Hospital teve sua produção reduzida, enquanto viu crescer o endividamento com funcionários e com fornecedores. “A direção atual precisa fazer ajustes e ter a capacidade de atrair convênios e novos investimentos”, concluiu o Sindicato.
A Santa Casa ainda não se manifestou sobre o protesto dos funcionários.
Uso de vape entre adolescentes aumenta risco de tabagismo em 30 vezes, diz estudo
Mesmo com o avanço das campanhas contra o tabagismo ao longo das últimas décadas, adolescentes que usam cigarros eletrônicos hoje têm a mesma probabilidade de começar a fumar cigarros convencionais que jovens da década de 1970. É o que revela um estudo inédito co-dirigido pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Publicada na revista Tobacco Control, a pesquisa analisou dados de três coortes de nascimento no Reino Unido e concluiu que, embora o tabagismo entre adolescentes tenha caído drasticamente nos últimos 50 anos, o surgimento dos cigarros eletrônicos — os populares vapes — pode estar revertendo essa tendência entre os jovens usuários.
Os pesquisadores descobriram que adolescentes que nunca haviam usado cigarros eletrônicos tinham uma chance menor que 1 em 50 de se tornarem fumantes semanais. Já entre aqueles que faziam uso frequente de vapes, a chance de passar a fumar cigarros convencionais subia para quase 1 em 3 — um risco 30 vezes maior.
Nas últimas décadas, o cigarro perdeu seu status de símbolo glamoroso e passou a ser tratado como um dos principais vilões da saúde pública. O tabagismo foi progressivamente estigmatizado, com proibições em espaços públicos, alertas sanitários e restrições à propaganda.
Brasil vai se declarar livre da gripe aviária nesta quarta-feira
O Brasil vai se declarar oficialmente livre da gripe aviária nesta quarta-feira, 18, após cumprir os 28 dias de vazio sanitário exigidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A medida segue a ausência de novos casos em granjas comerciais após um foco identificado em Montenegro (RS).
Segundo o Ministério da Agricultura, o próximo passo será notificar formalmente a OMSA e comunicar os países que impuseram restrições à importação de carne de frango brasileira, solicitando a revogação dos embargos.
Desde o foco no Rio Grande do Sul, mais de 40 países adotaram algum tipo de restrição, embora alguns, como México e Rússia, tenham aplicado medidas apenas regionais.
Durante o período, só houve registro da doença em aves silvestres e de subsistência. O governo, que já vinha negociando com parceiros comerciais, busca agora a retirada total ou a regionalização das restrições.
Rinovírus: conheça o vírus responsável por metade dos casos de síndrome respiratória grave na Bahia
Entre 1º de janeiro e 9 de junho deste ano, a Bahia contabilizou 5.007 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). A condição, que é a versão agravada de problemas respiratórios – como Covid-19, Influenza e resfriados que evoluem para algo mais sério – matou pelo menos uma pessoa por dia até 3 de maio, quando 123 óbitos já tinham sido registrados. Mais de um mês depois, esse número saltou para 191, segundo dados do boletim epidemiológico mais recente da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). Por trás dos quadros de SRAG, está o rinovírus, que é o causador de 53,5% das ocorrências da síndrome entre os baianos.
Por definição, o rinovírus é o vírus responsável por causar a maioria dos resfriados comuns. Há mais de 100 tipos diferentes desse agente, o que torna difícil a criação de vacinas eficazes contra eles. Apesar de ser altamente contagioso, os grupos que correm mais risco com o rinovírus são crianças e idosos.
“O vírus pode progredir para casos de síndrome respiratória aguda grave, mas o que mais observamos são casos do tipo vinculados a Influenza. Quando o rinovírus começa a agir, ele dá o quadro de resfriado, que são casos leves. Só que crianças e idosos podem evoluir para um quadro mais delicado”, aponta a infectologista Clarissa Cerqueira.
Número de casos de síndrome respiratória é o maior dos últimos 2 anos
O boletim semanal InfoGripe – divulgado hoje (12) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro – alerta que este ano o total de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) no país tem sido maior do que o anotado nos últimos dois anos.
Em quatro semanas, o número de casos de SRAG quase dobrou em relação ao mesmo período do ano passado, registrando aumento de 91%. Essa alta atípica de ocorrências se concentra principalmente nos estados das regiões centro-sul. A influenza A e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) têm causado o maior número de hospitalizações por SRAG em grande parte do país.
Apenas em alguns estados – Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo e no Distrito Federal – o estudo começa a verificar um sinal de interrupção do crescimento ou início de diminuição de casos. No entanto, a incidência de hospitalizações por SRAG nessas regiões continua muito elevada. A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 23, entre 1º e 7 de junho.
Em relação aos idosos, observa-se um aumento em Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Maceió, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Além disso, Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Porto Velho, Rio de Janeiro e São Luís também apresentam tendência de crescimento entre jovens e adultos.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 40% para influenza A; 0,8% para influenza B; 45,5% para vírus sincicial respiratório; 16,6% para rinovírus; e 1,6% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
Entre os óbitos, a presença desses vírus foi de 75,4% para influenza A; 1% para influenza B; 12,5% para VSR; 8,7% para rinovírus; e 4,4% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
Fundação de Hematologia e Hemoterapia faz apelo por doação de sangue a vítimas de desabamento em Jequié
Após o acidente que deixou 11 feridos na manhã desta terça-feira (10/06) na Paróquia São Judas, em Jequié, a Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado da Bahia (Hemoba), unidade local, instalada no Hospital Geral Prado Valadares faz apelo aos doadores de sangue por doação voluntária para atender as vítimas do desastre.
Segundo o Hemoba, os feridos necessitam de sangue tipo: O- e O+. Muitos doadores compareceram ao local nesta tarde para fazer a doação.
Número de casos suspeitos de gripe aviária caem no Brasil
O número de casos suspeitos de gripe aviária atualmente investigados pelo Ministério da Agricultura caiu para seis, conforme atualização da Plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves neste domingo, 8. Todos os casos em análise envolvem aves domésticas ou silvestres, sem impacto direto sobre granjas comerciais.
Entre os registros em apuração, três envolvem aves de criação doméstica — galinhas localizadas em Itaituba (PA), Novo Cruzeiro (MG) e Alegre (ES). Os outros três referem-se a aves silvestres: um pombo em Santo Antônio do Monte (MG), um carcará em Florestal (MG) e um albatroz-de-sobrancelha em Angra dos Reis (RJ).
Em Campinápolis (MT), um caso envolvendo uma galinha doméstica foi confirmado como gripe aviária. Como se trata de criação não comercial, a confirmação não afeta as exportações brasileiras de carne de frango.
A investigação de casos suspeitos é parte rotineira do sistema de defesa sanitária agropecuária, uma vez que a notificação da influenza aviária de alta patogenicidade (vírus H5N1) é obrigatória e deve ser feita imediatamente aos órgãos oficiais.
Produtores, técnicos, proprietários rurais, prestadores de serviço, pesquisadores e demais envolvidos com a criação de animais são obrigados a comunicar qualquer suspeita ao Serviço Veterinário Oficial (SVO).
No total, o país já confirmou 172 casos da doença: 167 em animais silvestres (163 aves e 4 leões-marinhos), 4 em criações de subsistência e apenas 1 em granja comercial.
Bahia: 40% dos municípios estão com desabastecimento de vacinas
A terceira edição da pesquisa ‘Falta vacina para proteger as crianças brasileiras’ revelou que 45 municípios baianos sofrem com a falta de imunizantes inclusos no calendário nacional de vacinação. Esse número é equivalente a 40% das cidades da Bahia que aceitaram responder – no total, foram 112 –, voluntariamente, os questionamentos sobre abastecimento vacinal propostos pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), que realiza o estudo.
A pesquisa coletou dados referentes aos meses de abril e maio deste ano, e mostrou que a Bahia ocupa a 8ª posição no ranking dos estados com maior índice de desabastecimento vacinal. Na última edição do levantamento, divulgada em janeiro, o estado ocupava a mesma posição, embora com maior número de desabastecimentos, que alcançava 110 municípios.
Segundo o estudo, houve uma melhora considerável na distribuição dos imunizantes em todo o país, ainda que insuficiente para a erradicação do problema. Dessa forma, as vacinas mais ausentes na Bahia, segundo as secretarias de saúde, são as que previnem catapora, sarampo, caxumba e rubéola.
Para Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, os fatores que favorecem o desabastecimento de vacinas da Bahia são de conhecimento do Ministério da Saúde, a quem cabe adquirir e distribuir todas as vacinas do calendário de vacinação para os estados. Ele afirma que, desde a primeira edição da pesquisa, o órgão federal reconheceu a existência de problemas no abastecimento por meio de uma nota técnica.
“No documento, o Ministério atribui os entraves principalmente a dificuldades relacionadas à fabricação, à logística e ao aumento da demanda. Como medida de contenção, informou estar buscando alternativas para a aquisição de vacinas, inclusive por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)”, contou Paulo Ziulkoski.
o Ministério da Saúde não respondeu quantos e quais municípios enfrentam o cenário de desabastecimento vacinal nem o porquê, mas informou que mantém cronograma de entrega de vacinas a todos os estados, que são os responsáveis pela distribuição nos municípios. Também, disse que o quantitativo de imunizantes é definido juntamente com os gestores municipais.
A pasta acrescentou que o Brasil registra aumento das coberturas vacinais em todo o país. “[Isso é] resultado das ações de incentivo do Ministério da Saúde – como vacinação nas escolas e a volta das grandes mobilizações nacionais, como o Dia D de vacinação contra a gripe – e da garantia de abastecimento”, disse o órgão federal.
Ainda em nota, o Ministério da Saúde afirmou que o cronograma de solicitação dos estados e municípios quanto à vacina varicela, que é a que mais está em falta na Bahia, tem sido atendido conforme disponibilização do fornecedor. “Neste ano, já foram entregues 2 milhões de doses e 1,7 milhão aplicadas. Estão previstas novas remessas de doses das vacinas de dengue, varicela e as demais que compõem o calendário nacional de vacinação no país”, completou, sem definir prazos.
Marcos Sampaio, presidente do Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA), disse desconhecer o cenário de desabastecimento de vacinas no estado. Ele afirma que, ao verificar junto a Superintendência de Vigilância Estadual, que tem a responsabilidade de fazer a distribuição dos imunizantes, não foi verificada nenhuma queixa de falta de vacina por parte dos municípios.
“Pelo contrário, houve municípios, inclusive, que em relação a algumas vacinas, como a Influenza e a Covid-19, nem tem vindo retirar as remessas. […] A notícia que temos é que não existe desabastecimento na Bahia. Pode haver algum tipo de necessidade de vacinas pontuais, mas são vacinas que substituem uma à outra”, pontuou.
Ele, no entanto, admite que a base de dados da Saúde não é clara o bastante. “Dizer que há municípios sem abastecimento na Bahia é muito impreciso e eu atribuo isso ao fato de não termos, de fato, um sistema onde os municípios possam alimentar com informações em tempo real”, ressaltou.
Diante da ausência de um sistema de informações mais transparente, o presidente do CES-BA pediu que secretarias e moradores de cidades que estejam com falta de algum imunizante procurem imediatamente as autoridades, para que seja possível fazer o remanejamento de estratégia vacinal e garantir a proteção de todos.
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) foi procurada para informar quantos e quais municípios baianos sofrem com desabastecimento vacinal, quais vacinas estão em falta na Bahia e quais ações estão sendo adotadas para solucionar esse caso. A pasta disse que não seria possível responder a demanda nesta terça-feira (3), data de fechamento desta matéria.
Suspeitas são descartadas e Bahia segue sem casos de Gripe Aviária (H5N1)

Junho – Mês Mundial de Conscientização da Infertilidade
As mulheres são férteis até a menopausa? É verdade que alguns tratamentos oncológicos podem afetar a fertilidade? O uso de anticoncepcional por tempo prolongado prejudica a fertilidade feminina? Para engravidar, um casal deve ter relações diariamente? Fumar prejudica a fertilidade? A mulher é a principal responsável pela infertilidade conjugal? Homens que fizeram vasectomia não podem mais ter filhos? Quem faz tratamentos para engravidar sempre tem gêmeos? Quando o assunto é fertilidade, essas e muitas outras questões são comuns para uma grande parcela da população brasileira. De acordo com relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 17,5% da população adulta global tem problemas para ter filhos.
Caracterizada pela ausência de gravidez em um casal com vida sexual ativa e que não usa medidas anticonceptivas por um período de um ou mais anos, a infertilidade desperta muitas dúvidas e ainda é encarada como um tabu por boa parte dos homens. “A informação é uma grande aliada das pessoas que querem ter filhos, os hábitos saudáveis contribuem para a saúde reprodutiva e é importante considerar as consultas de rotina com o ginecologista ou urologista e os exames anuais como forma de prevenção também”, esclarece o ginecologista Joaquim Lopes, fundador do Cenafert – Centro de Medicina Reprodutiva, clínica que faz parte do Grupo Huntington, um dos principais Grupos de Reprodução Assistida da América Latina.
O médico destaca que a medicina reprodutiva ajuda não apenas casais que sofrem de infertilidade, mas também as mulheres e homens que desejam ter filhos de maneira independente, assim como os casais homoafetivos. “Com os avanços da sociedade, a reprodução assistida ganhou um papel fundamental para os novos modelos familiares”, afirma Joaquim Lopes.
Além disso, com as técnicas de criopreservação, é possível preservar a fertilidade para quem planeja ter filhos no futuro ou para quem vai se submeter a alguns tipos de tratamento oncológico que podem comprometer a fertilidade.
Aconselhamento reprodutivo
Ainda existe um desconhecimento muito grande sobre saúde reprodutiva. Mulheres que chegam aos 30 anos e sonham em ter filhos, mas precisam adiar a maternidade por motivos diversos, devem realizar um aconselhamento reprodutivo para prevenção de problemas de fertilidade, uma vez que a mesma entra em declínio progressivo com o passar dos anos. “As mulheres têm conhecimento sobre o relógio biológico como fator importante da fertilidade, mas ainda precisa haver mais conscientização sobre a importância de preservar sua condição reprodutiva”, destaca.
O médico lembra que hoje muitas mulheres costumam buscar ajuda especializada para ter filhos numa idade mais avançada e já com a fertilidade comprometida, sem nunca terem avaliado sua condição reprodutiva antes. “Ao diagnosticar e tratar precocemente um fator de fertilidade, a mulher pode manter sua saúde reprodutiva e evitar problemas que exijam tratamentos mais complexos para ter filhos”, explica.
A recomendação é que uma mulher com menos de 30 anos e vida sexual ativa, que deseja ser mãe, pode esperar até dois anos para que aconteça a gravidez se ela já foi avaliada por um especialista e não apresenta nenhum problema que possa afetar sua fertilidade. Caso a mulher tenha mais de 30 anos não deve aguardar mais que um ano para iniciar uma investigação com o especialista. Se atingiu 35 anos, o prazo de espera não deve ultrapassar seis meses. Após os 40 anos se a mulher deseja engravidar deve, de imediato, iniciar a investigação da sua capacidade fértil.
Saúde reprodutiva
Segundo Joaquim Lopes, além das consultas e exames de rotina para mulheres e homens, adotar alguns hábitos fazem a diferença para a saúde reprodutiva. Praticar atividade física regular, controlar o estresse e a ansiedade, dormir bem, ter uma alimentação equilibrada, manter uma vida sexual saudável com uma frequência média de três relações por semana, saber o período fértil da mulher, e evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas são algumas das medidas que podem aumentar as chances de uma gravidez natural.
“Manter-se no peso adequado, não fumar e praticar sexo seguro também ajudam a condição reprodutiva”, destaca o médico. “A obesidade, o tabagismo e as Infecções Sexualmente Transmissíveis podem comprometer a fertilidade nos dois sexos”, acrescenta.
No passado, a reponsabilidade pela infertilidade era sempre atribuída à mulher, mas, hoje, já está comprovado que a responsabilidade pela gravidez deve ser compartilhada igualmente pelos dois sexos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), estima-se que cerca de 35% dos casos de infertilidade podem ser atribuídos à mulher, outros 35% são de responsabilidade do homem, 20% estão relacionados a ambos e 10% são de causas desconhecidas. Quando um casal não consegue ter filhos naturalmente e vai buscar ajuda especializada, a investigação da infertilidade conjugal deve ser feita sempre pelos dois sexos.
Incubadora de embriões com tecnologia de ponta e integrada à Inteligência Artificial é um marco na reprodução assistida
Um dos desafios dos tratamentos de reprodução assistida é garantir a implantação do embrião no útero da futura mãe para que a gravidez aconteça e se desenvolva de forma saudável, evitando a repetição de ciclos de Fertilização in Vitro, que costumam ter um custo emocional e financeiro para os pacientes que buscam ajuda especializada para ter filhos. Para otimizar esse processo, o Cenafert implantou, de modo pioneiro em Salvador, uma incubadora de última geração que permite monitorar o desenvolvimento do embrião em tempo real e sem manipulação externa. Trata-se do EmbryoScope® Plus, equipamento de alta tecnologia que funciona com um sistema de vídeo time-lapse capaz de gerar imagens a cada 10 minutos, permitindo avaliar com precisão padrões do crescimento embrionário, 24 horas por dia, sete dias por semana.
“Essa tecnologia é um marco na reprodução assistida na Bahia e uma tendência nos principais centros e laboratórios de reprodução assistida do mundo”, destaca a ginecologista Gérsia Viana, especialista em medicina reprodutiva e diretora do Cenafert. “O embrioscópio possibilita a análise de um grande número de informações do desenvolvimento embrionário e, consequentemente, auxilia na escolha do melhor embrião que será transferido ao útero”, acrescenta a especialista.
O equipamento permite selecionar com mais precisão o embrião em melhor condição e, no momento mais adequado, para transferência para o útero da mulher, através de um processo seguro e eficiente. “O sucesso dos tratamentos de Fertilização in Vitro depende da qualidade e da morfologia do embrião assim como sua capacidade de se desenvolver de forma saudável, o que permite um ciclo de Fertilização in Vitro bem sucedido”, explica a embriologista Janaina Mendes Maciel, da equipe do Cenafert.
Outro diferencial é que o novo aparelho também possibilita que os pacientes possam visualizar imagens do embrião durante seu processo de evolução.
No método tradicional, os embriões precisavam ser retirados do seu cultivo na incubadora para avaliação através de um microscópio externo. Com a incubadora dotada do sistema de vídeo time-lapse e integrada à inteligência artificial Maia (desenvolvida pela Grupo Huntington), os embriões não precisam ser manipulados fora do seu ambiente durante todo o período de cultivo laboratorial. “Essa tecnologia permite que o monitoramento do desenvolvimento embrionário e a seleção dos melhores embriões sejam realizados de forma mais assertiva e segura, sem demandar nenhuma manipulação externa “, afirma Janaina Mendes Maciel.
Farmácia Popular: cidadão será avisado sobre remédio de uso contínuo
O Ministério da Saúde (MS) informou que a partir desta semana vai enviar mensagens por WhatsApp, caixa postal ou aplicativo Gov.br para pessoas que utilizam os programas do Sistema Único de Saúde (SUS).
O primeiro envio, segundo a pasta, será para o grupo de pessoas com hipertensão que fizeram apenas três retiradas de medicamentos ao longo dos últimos 12 meses no programa Farmácia Popular.
“O objetivo da ação é alertar os cidadãos da importância de não interromper tratamentos que incluem medicamentos de uso contínuo”, informou, em nota, o ministério.
A previsão é que sejam enviadas, inicialmente, cerca de 270 mil mensagens de um total de 3,5 milhão de pessoas na situação descrita pela pasta, como forma de testar a efetividade da ação.
Segurança e privacidade
Para ter certeza de que uma mensagem recebida no WhatsApp é proveniente do governo federal, é preciso estar atento ao selo de verificação de cor azul, da Meta, exibido ao lado do nome do perfil.
“O selo confirma que a conta foi autenticada pela plataforma. Outras fontes de informação incluem a caixa de entrada do aplicativo Gov.br e um banner informativo no site do Ministério da Saúde”, destacou a nota.
Segundo a pasta, ao ser notificada, a pessoa sempre receberá uma mensagem perguntando se ela deseja ou não continuar recebendo mensagens relacionadas ao Ministério da Saúde.Também fazem parte da programação de disparos do Ministério da Saúde lembretes sobre retirada de medicamentos para diabetes, vacinação e agendamento de consultas médicas com especialistas, informa o comunicado.
Fonte: Agência Brasil
A fruta poderosa que ajuda a ter mais saúde na terceira idade
O consumo frequente de uma fruta pequenina, mas muito popular, pode ser grande aliada na manutenção da saúde na terceira idade. Trata-se da uva, que contém compostos bioativos que contribuem para a redução do colesterol e a preservação da massa muscular.
“As uvas são ricas em resveratrol, um polifenol com potente ação antioxidante e anti-inflamatória, que ajuda a melhorar a saúde cardiovascular e a reduzir os níveis de LDL, o colesterol ruim. Além disso, os antioxidantes presentes na fruta ajudam a combater o estresse oxidativo, que contribui para a perda de massa muscular com o envelhecimento”, explica o nutricionista Lucas Alves Deienno, da Clínica CliNutri.
Pernambuco decreta situação de emergência na saúde pública por alta ocupação de UTIs pediátricas
O Governo de Pernambuco decretou situação de emergência na saúde pública por 90 dias em razão das elevadas taxas de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e pediátrica.
Os leitos estão cheios, reforça texto de decreto publicado na edição desta quarta-feira (28) do Diário Oficial do Estado, por conta do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) causados por vírus.
O decreto assinado pela governadora Raquel Lyra considera “o avanço da Srag no público infantil, superlotando as emergências de hospitais” e a “expressiva taxa de ocupação de leitos”.
Por isso, diz o governo, serão tomadas medidas urgentes voltadas à prevenção, ao controle e à ampliação da rede de atenção à saúde infantil.
Busca medicamento de prevenção ao HIV cresce 82,1% na Bahia
A busca por Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), medicamento utilizado para prevenir a infecção pelo HIV antes da exposição ao vírus, cresceu 82,1% na Bahia. De acordo com o Relatório de Monitoramento de Profilaxias Pré e Pós-Exposição ao HIV 2023, o número de usuários mais que dobrou no Brasil em 2023 — passando de cerca de 50 mil em 2022 para 107.795 no ano passado.
A estratégia tem ganhado força como uma das principais ferramentas de prevenção combinada adotadas pelo Ministério da Saúde no combate a doença e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). O estado da Bahia conta atualmente com 3.642 usuários, contra cerca de 2 mil em 2022. Salvador concentra 1.796 desses usuários, que acessam a medicação em cinco unidades municipais e duas estaduais.
No entanto, a oferta segue desigual, e muitos grupos prioritários continuam com acesso limitado. O perfil dos usuários baianos mostra predominância de homens homossexuais cis (84,5%) e majoritariamente das faixas etárias entre 25 e 39 anos.
A PrEP consiste na utilização diária de medicamentos antirretrovirais por pessoas não infectadas, mas expostas a alto risco de contaminação, como homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, profissionais do sexo e usuários com múltiplos parceiros. Apesar do avanço, o acesso à PrEP ainda enfrenta barreiras regionais e sociais.
A estratégia está disponível gratuitamente no SUS, mas sua distribuição é concentrada em grandes centros urbanos. A ampliação da PrEP é fundamental para reduzir em até 90% as novas infecções, objetivo alinhado à estratégia global de enfrentamento da epidemia.
O relatório do Ministério da Saúde também aponta que 42% dos usuários da PrEP têm entre 30 e 39 anos, 23% têm entre 25 e 29 anos, e apenas 0,2% têm entre 15 e 17 anos – faixa etária incluída na recomendação de uso da PrEP apenas em agosto de 2023.
Essa disparidade etária indica a necessidade de ampliar o alcance da estratégia entre adolescentes e jovens, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade social. A inclusão da PrEP para menores de idade marca um avanço, mas ainda exige estratégias específicas de comunicação, educação e acolhimento.
Para especialistas e gestores, o desafio atual vai além da oferta do medicamento: é preciso ampliar o número de unidades dispensadoras, simplificar protocolos, capacitar equipes de saúde e promover campanhas de educação voltadas às populações negras, trans, jovens e periféricas. Como aponta o relatório, o aumento do número de pessoas em uso da profilaxia em relação ao número de novas infecções é um indicativo direto do sucesso das políticas de prevenção.
Bahia anuncia investimento de R$ 433,7 milhões em cirurgias eletivas
O Governo da Bahia lançou, nesta quarta-feira (28), o novo edital do Programa de Cirurgias Eletivas, com um investimento recorde de R$ 433,7 milhões previsto para 2025. Do total, mais de R$ 387,9 milhões são provenientes do Tesouro Estadual, enquanto R$ 45,8 milhões virão de recursos federais.
O valor representa um acréscimo de aproximadamente R$ 10 milhões em relação ao orçamento estadual de 2024, consolidando a Bahia como referência nacional em investimentos na área da saúde pública.
Em 2024, o estado realizou 252.465 cirurgias eletivas, um aumento de 11,6% em relação ao ano anterior. A expectativa é que o volume de procedimentos seja ainda maior em 2025.
O novo edital amplia para 128 tipos de procedimentos, com destaque para a inclusão de cirurgias ortopédicas antes não contempladas, como artroplastias de joelho, quadril e ombro, além de cirurgias para síndrome do túnel do carpo.
Esses procedimentos terão valores significativamente superiores aos da tabela nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), como forma de estimular sua realização e reduzir o tempo de espera.
A secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, destacou que as cirurgias ortopédicas são fundamentais para melhorar a qualidade de vida da população.
“Decidimos incorporar esses procedimentos e garantir valores que chegam a ser até 10 vezes superiores aos da tabela nacional do SUS, como forma de estimular a realização das cirurgias pela rede credenciada e acelerar a redução da fila”, afirmou.
Para exemplificar, o valor pago por uma artroplastia de joelho, cuja referência na tabela SUS é de R$ 2,2 mil, passará a ser de R$ 8,8 mil com os incentivos estaduais e federais. Já a artroplastia de quadril terá pagamento de R$ 9,6 mil, em contraste com os R$ 2,4 mil previstos na tabela federal.
Cirurgias oncológicas complexas também terão valores reajustados: procedimentos como a pelviglossomandibulectomia superarão R$ 29 mil, enquanto a tabela SUS prevê apenas R$ 7,3 mil.
Outro destaque do programa é a redução mamária não estética, importante para a saúde física e emocional de milhares de mulheres.
Atualmente, o SUS remunera esse procedimento em R$ 514,17, mas, com o complemento estadual, o valor chegará a R$ 5.141,70. A medida complementa o mutirão iniciado em março, que prevê a realização de 1.400 cirurgias desse tipo até dezembro deste ano.
O novo edital do Programa de Cirurgias Eletivas já está disponível para consulta por municípios e prestadores de serviços de saúde, que deverão seguir o cronograma definido pela Sesab para habilitação e execução dos procedimentos.
Situação do Planserv é tema de audiência pública na Comissão de Saúde da Alba
A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) promoveu, na manhã desta terça-feira (27), uma audiência pública para debater a situação do Planserv, o Plano de Saúde dos Servidores Públicos Estaduais. O evento, que aconteceu na Comissão de Saúde e Saneamento, foi proposto pelos deputados José de Arimateia (Republicanos) e Jordavio Ramos (PSDB).
Alex da Piatã (PSD), presidente do colegiado, afirmou que o objetivo do debate é encontrar soluções. “Só o denuncismo não resolve. Não sairemos daqui satisfeitos se a gente ficar apenas no denuncismo. Precisamos sair daqui com uma pauta propositiva com encaminhamentos e sugestões para resolução de possíveis problemas. Temos, aqui, deputados de oposição e de situação, mas todos querem a mesma coisa, que é sair daqui com soluções”, afirmou o deputado, que conduziu os trabalhos da audiência.
Jordavio Ramos frisou que o objetivo do encontro é encontrar soluções para melhoria do plano assistencial dos servidores. “A gente precisa entender que o Planserv precisa de uma reestruturação, de transparência, de uma resposta para que o servidor possa ser atendido da forma que merece. Não cabe mais a gente ter dificuldades mínimas, como casos de mães que precisam de cirurgia para o filho e passam meses sem atendimento”, apontou.
Também proponente do debate, o deputado José de Arimateia justificou a ausência da coordenadora do Planserv, Socorro Brito. No início da audiência, ele leu o ofício encaminhado pela coordenadora em que ela apresenta o motivo de estar ausente do encontro. Em um trecho lido por Arimateia, Socorro manifesta apoio à iniciativa da ALBA. “Reitero, contudo, o reconhecimento e a relevância do tema em debate, bem como o apreço e respeito por esta Casa, em especial pelos parlamentares que compõem esta comissão. Enaltecemos tais atividades que contribuem para o fortalecimento da transparência, da escuta pública e do aprimoramento da gestão do sistema da saúde dos servidores públicos do estado”, disse a coordenadora do Planserv no ofício em que justificou sua ausência no debate.
Arimateia ressaltou que a audiência pública visa estabelecer uma mesa de discussão para que o Planserv possa ser voltar a ser a referência no atendimento do servidor público. “Essa Casa está cumprindo o seu papel de abrir as portas para que o povo tenha vez e voz. A população precisa ser ouvida”, disse.
A servidora Rosângela Monteiro, representante do movimento “Devolvam Nosso Planserv”, criticou o que chamou de “terceirização” do benefício. “O serviço tem que ter gestão do Estado. Nós pagamos sem inadimplência, pagamos por acomodação que garante apartamento, mas não temos. Nas emergências nos melhores hospitais, inclusive de alta complexidade, as portas estão se fechando para nós”, lamentou.
O deputado Robinho (UB) afirmou, durante sua intervenção no ato, que o Planserv tinha um subsídio inicial de 5% quando foi implantado. No entanto, esse repasse do governo foi reduzido. “O subsídio do governo para o Planserv era de 5%. E aqui temos que dar nomes aos políticos, porque cada um tem que pagar por seus atos e atitudes. Jaques Wagner manteve este 5%. Quando veio Rui Costa, tirou de 5% para 2%. Não tenho aqui conhecimento técnico para dizer que o 5% de subsídio vai resolver, mas eu sei que diminuiu a qualidade do serviço daquele que era o melhor plano de saúde do Nordeste”, contextualizou.
Quem também defendeu o retorno da cota de participação do Governo do Estado em 5% foi o deputado Leandro de Jesus (PL). “Precisamos aprovar aqui um financiamento mínimo obrigatório que assegure o retorno mínimo dos 5%¨de subsídio. Outra sugestão é proibir reduções futuras sem análises técnicas e a devida aprovação legislativa”, propôs. O parlamentar ainda apresentou à Comissão de Saúde propostas para melhorias do plano, a exemplo da obrigatoriedade de transparência nas contas do serviço, relatório de desempenho e participação dos servidores nos conselhos consultivos do Planserv, além da atualização anual da tabela de honorários médicos.
O deputado Dr. Diego Castro (PL) endossou o pedido de transparência do plano assistencial e apresentou ao público da audiência um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA) com pontos considerados críticos do serviço. O legislador defendeu ainda a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito do Planserv na ALBA.
Dia D de mobilização contra a gripe triplica procura por vacina
O Dia D Nacional de vacinação contra a gripe, realizado no último sábado (10) em parceria com estados e municípios, marcou com sucesso a retomada de uma das principais mobilizações de saúde pública do país. Foram aplicadas 1,5 milhão de doses — número três vezes maior que a média registrada em dias comuns de vacinação. O resultado reforça a importância de proteger a população contra vírus respiratórios, especialmente os grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e gestantes.
A estratégia faz parte da campanha nacional de imunização contra a gripe, que permanece ativa nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Desde o início da campanha, em março, 21,2 milhões de doses foram aplicadas no público prioritário. Para garantir os estoques, o Ministério da Saúde distribuiu aproximadamente 60 milhões de doses para todo o país, com o objetivo de intensificar a imunização e alcançar a cobertura de 90%.
Com o avanço da vacinação, o Ministério da Saúde orienta que estados e municípios realizem a busca ativa dos grupos prioritários. Além disso, recomenda a vacinação de todas as pessoas que procurarem as Unidades Básicas de Saúde (UBS), mesmo que não pertençam aos grupos prioritários — desde que haja disponibilidade de doses e conforme a situação epidemiológica local e as estratégias definidas pelas secretarias estaduais e municipais de saúde.
“Nossa estratégia sempre foi clara: priorizar quem mais precisa — idosos, gestantes, crianças de seis meses a menores de seis anos, profissionais da saúde, da educação e da segurança. Agora, além de continuar buscando ativamente esses grupos, estamos dando um novo passo: autorizar que qualquer pessoa que procure os postos de saúde também possa ser vacinada, mesmo que não esteja nos grupos prioritários, conforme disponibilidade de doses. O SUS vai continuar indo atrás de quem mais precisa, mas de portas abertas para acolher toda a população”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Estados com maior adesão
O destaque no Dia D ficou com os estados do Sudeste, que concentraram quase metade das doses aplicadas. Minas Gerais liderou com 279.108 doses, seguido por São Paulo (212.037) e Rio de Janeiro (135.981). Entre outros destaques:
- Sul: Santa Catarina (176.843) e Paraná (171.372)
- Nordeste: Bahia (74.624), Pernambuco (69.799) e Ceará (57.872)
- Centro-Oeste: Goiás (42.554) e Distrito Federal (12.194)
Na região Norte, a imunização contra a gripe terá início no segundo semestre, considerando as particularidades climáticas da região já que, nessa época, durante o “Inverno Amazônico”, a circulação viral e a transmissão da gripe são mais frequentes.
Quem pode se vacinar contra a gripe?
Conforme o Informe Técnico de 2025, a vacinação deve priorizar gestantes, puérperas, idosos, crianças menores de seis anos e pessoas com comorbidades ou condições clínicas especiais, como doenças respiratórias, diabetes, imunossupressão e obesidade mórbida.
A oferta da vacina para a população em geral busca ampliar os benefícios da imunização, reduzir os atendimentos ambulatoriais e as internações, principalmente no período de maior circulação do vírus.
A estratégia se manterá ao longo de todo o ano, integrando-se ao Calendário Nacional de Vacinação para crianças, gestantes e idosos, com garantia de vacinação contínua desses grupos mesmo fora das campanhas sazonais.
Vírus respiratórios
O Ministério da Saúde anunciou um incentivo de R$ 100 milhões para reforçar o atendimento a crianças com vírus respiratórios no SUS — público que tem registrado aumento nas hospitalizações.
Até a 19ª semana epidemiológica (10 de maio), foram registradas no SUS 29.379 hospitalizações por vírus respiratórios, com 1.333 óbitos, sendo 69% causados por influenza A. Os vírus com maior circulação incluem o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), a influenza A (H1N1) e o rinovírus.
O boletim InfoGripe, da Fiocruz, aponta 15 estados em alerta, com crescimento na tendência de longo prazo. Entre os destaques estão: São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Maranhão, Ceará, Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo.
A intensificação da campanha de vacinação contra a gripe, aliada à vigilância ativa e ao acesso à vacina, é fundamental para proteger a população e conter o avanço dos vírus respiratórios neste período do ano.