Secretaria de saúde contrata mais um médico para atendimento em Hospital de Una, “Porque falta médico?” Entenda
Após uma série de cobranças da população através da imprensa envolvendo o Hospital municipal Frei Silvério no município de Una na região sul da Bahia, a secretaria municipal de saúde decidiu contratar mais um profissional para atendimento clínico na unidade.
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Segundo um funcionário da Unidade que preferiu não se identificar, não é um único profissional que foi fixado para atendimento no hospital e sim um médico a cada plantão.
Com isso a Prefeitura de Una, através da Secretaria Municipal de Saúde, segue superando as dificuldades, a grande concorrência entre as cidades no pós-pandemia e a contratação deve melhorar a logística de atendimento da população. “Quero agradecer o empenho do prefeito e da secretária e equipe para acelerar esta importante contratação. Queremos avançar ainda mais tanto em estrutura de atendimento quanto profissionais”, alegou um paciente que estava presente no momento em que a nossa redação apurava a informação.
ENTENDA PORQUE FALTA MÉDICOS NO INTERIOR
Vale ressaltar que o problema da falta de médicos no Interior não é absolutamente do município Unense; De acordo com o estudo Demografia Médica Brasileira realizado pelo Conselho Federal de Medicina(CFM), cerca de 25 mil pessoas se formaram em medicina no país em 2018, chegando a quase 500 mil profissionais, porém há uma má distribuição na quantidade de médicos. De fato, de acordo com o levantamento do CFM, apenas 8% dos médicos brasileiros estão localizados nas cidades com menos de 50 mil habitantes, que representam cerca de 90% do total de municípios.
O estudo Demografia Médica Brasileira mostrou, ainda, que cerca de 55% dos médicos vivem em uma das 27 capitais nacionais, atendendo a 23,8% da população. Ou seja, mais da metade dos profissionais está onde mora menos de um quarto da população. Com a saída recente dos médicos cubanos do Programa Mais Médicos, que atendiam principalmente as cidades do interior do país, restaram 8.517 vagas a serem preenchidas por brasileiros.
No entanto, mais de mil médicos já desistiram de participar do programa que está de volta na atual gestão. Quem deixou o Mais Médicos justificou a saída pela falta de infraestrutura nos hospitais ou nas próprias cidades. Outro motivo foi a aprovação em programas de residência que, geralmente, são realizados nos grandes centros e exigem uma grande disponibilidade dos médicos.
É comum faltarem equipamentos para o atendimento aos pacientes, além de medicamentos e suprimentos básicos, como suturas e ataduras. Também faltam outros profissionais, como enfermeiros, aumentando ainda mais responsabilidade do médico. Sem contar as cidades em si, que oferecem menos opções de lazer, cultura e gastronomia. Na maioria das vezes, a rotina do médico no interior fica limitada ao atendimento nos hospitais e clínicas, com plantões em feriados e fins de semana. No entanto, talvez o maior problema seja a dificuldade de se especializar.
Fonte:Blog Mateus Oliver Repórter
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