Uma comerciante foi vítima de uma tentativa de golpe cibernético na terça-feira (06) após passar a senha do Wi-Fi para um criminoso intelectual especialista em crime que nem mesmo exige a necessidade de conexão por um terceiro para que o comprometimento da senha aconteça.


 Segundo ela, a vários dias teria conectado a senha no aparelho celular do indivíduo de forma espontânea e inocente, pois apesar de ser natural da cidade, passou 17 anos fora e agora retornou e é recém regressa ao município.

 Ainda de acordo com a vítima, após ceder a senha, não era possível acessar a conexão em uma distância mais de um metro do roteador e na última terça-feira descobriu após um cliente tentar fazer um pagamento via pix e informar que o nome do recebedor estaria aparecendo com um nome robótico.

 A partir daí, a vítima não conseguia mais acesso a suas contas via celular cadastrado, sendo necessário mecanismos de recuperação de dados e horas depois possibilitou o acesso às informações bancárias da mesma que não teve valores subtraídos.

 O crime é praticado usando ferramentas capazes de burlar a segurança de redes WPA e WPA2, como a reconhecida Hashcat; sendo que o principal alvo são as conexões que usam o sistema RSN IE (Robust Secure Network Information Request), que serve para permitir a conversa entre pontos de acesso e dispositivos para criação de uma conexão confiável a partir dos métodos disponíveis. O protocolo é usado em boa parte dos roteadores modernos e, no golpe, não é necessário nem mesmo que um usuário se ligue à rede para que o comprometimento da segurança aconteça, como acontece na maioria dos golpes para obtenção de senhas por força bruta.

 O ataque, que é praticado no Brasil desde 2018, dispensa essa etapa e é capaz de comprometer uma senha diretamente e garantir a entrada do hacker na rede, por meio da qual ele pode começar a realizar ataques. Como sempre, o perigo de uma invasão desse tipo é a realização de fraudes e o roubo dos dados trafegados pela conexão sem fio. Basta ter acesso direto a ela para começar a agir.
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